USO DO CANABIDIOL COMO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DO ALZHEIMER (DA)

Autores

  • Anne Ester Fernandes Gomes UniRios
  • Janaína da Conceição Siqueira
  • Melissa Soares de Souza
  • Sabrina Teixeira Lima
  • Karolayne Silva Souza

Palavras-chave:

Canabidiol, Alzheimer, Terapia Alternativa

Resumo


A Doença de Alzheimer (DA) trata-se de um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva da memória. É caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, que incluem comportamentos motores inadequados, psicose, mudança da personalidade, além de alterações comportamentais, como agressividade, ansiedade, agitação, apatia e alucinações. A cannabis é hoje uma das drogas mais estudadas para o tratamento de pessoas com Alzheimer, o canabidiol é uma substância originada da Cannabis, esta atua no sistema nervoso central e possui propriedades neuroprotetoras que ajuda a melhorar o comportamento do individuo diminuido os sinais e sintomas como ansiedade, insônia, agitação e confusão. Abordar através da literatura sobre o uso do canabidiol como alternativa terapêutica no tratamento de doenças neurológicas. Consiste em uma revisão narrativa, dos quais, utilizou-se buscas de artigos nas principais bases e bibliotecas eletrônicas nacionais e internacionais como: SciELO (A Scientific Electronic Library Online), Pubmed e Scholar Google (Google Acadêmico). Sendo utilizado descritores “Cannabissativa” “Fitocanabinóides” “Uso terapêutico” “Alzheimer” e “tratamento”, foram usados artigos na língua portuguesa e inglesa, dos últimos seis anos. A doença de alzheimer é doença degenerativa mais comum em pessoas de idade mais avançada. Ainda não se tem uma cura definitiva, embora, exista tratamentos paliativos que atuam no retardamento da sua progressão. O tratamento da DA é realizado de forma farmacológica, onde são utilizados inibidores das Colinesterases (I-ChE), o uso baseia-se no déficit colinérgico que ocorre nesta doença. Os últimos estudos sobre a terapia com canabinóides apontam que o fitocanabinóide, THC, tem a capacidade de inibir a enzima acetilcolinesterase (AChE), aumentando assim os níveis de acetilcolina (ACh). O uso do THC tem apresentado melhorias nos sintomas característicos de medicações da DA, como por exemplo: náuseas, diarreias, perda de peso. Em estudos in vitro apontam, que o uso do fitocanabinóide THC apresenta maior recuperação de déficits de memória e atividade de reconhecimento. A cannabis já demonstrou ser um potencial alvo terapêutico, possuindo propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias, no entanto tanto as doenças neurodegenerativas, quanto este composto detêm características e mecanismos que ainda devem ser esclarecidos. Por isso, embora existam medicamentos à base de canabinóides aprovados para certas doenças, ainda é necessário novos estudos que consigam encontrar um equilíbrio entre os benefícios e os efeitos adversos, de modo a garantir a qualidade, eficácia e o impacto da utilização da substância a longo prazo.

 

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Publicado

09.09.2024