CONTRIBUIÇÕES DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
Resumo
Conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidados paliativos podem ser entendidos como um tratamento, não curativo, cuja finalidade é aliviar os sintomas e o sofrimento ou dor causados por uma doença que apresente risco à continuidade da vida de um indivíduo. Sob essa perspectiva de terminalidade da vida, por se tratar de um momento de vulnerabilidade, é preciso que a assistência prestada siga um caráter de humanização, a fim de minimizar o desconforto, a dor e os transtornos psicossociais que podem ser gerados durante essa experiência. Nesse cenário, cabe ao enfermeiro, como membro da equipe multidisciplinar em saúde, bem como figura de constante do processo de adoecimento, oferecer suporte e alternativas para o alívio dessas mazelas. Desse modo, as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) ou teorias complementares, são estratégias de saúde que permitem a ampliação das possibilidades terapêuticas sobre o indivíduo, podendo servir como uma forma de humanização do cuidado. Além disso, podem - ainda - serem definidas como ferramentas de prevenção e recuperação da saúde, com foco na escuta acolhedora, no estabelecimento do vínculo terapêutico, de forma a promover o cuidado humanizado e autonomia quanto ao autocuidado. No Brasil, as PICS foram institucionalizadas pelo Ministério da Saúde através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) a partir do ano de 2006 e abrange mais de 29 práticas . O presente trabalho teve como objetivo, compreender o potencial terapêutico das PICS no cuidado aos pacientes que necessitam de assistência paliativa pela Equipe de Enfermagem..