A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO E CUIDADOS DA ENFERMAGEM À GESTANTES AUTISTAS VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL
Palavras-chave:
TEA; Gestantes; Abuso sexual.Resumo
Introdução: Os crescentes casos de abuso sexual representam um grave problema de saúde pública. Gestantes autistas que sofrem o trauma precisam ser assistidas de forma responsável e criteriosa. Para muitas mulheres, passar por uma gestação é um desafio, principalmente em casos de mulheres com algum transtorno. A violência sexual causa estresse fisiológico e psicológico na paciente, podendo acarretar em complicações gestacionais. Objetivo: Discorrer sobre os aspectos relacionados as consequências e aos cuidados às gestantes com autismo após o abuso sexual. Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma revisão da literatura, de caráter descritivo e exploratório. A identificação e seleção dos estudos foi realizada através de busca nas bases de dados indexadas ao PubMed e na SciELO, através dos Descritores: “Transtorno do Espectro Autista” AND “Violência contra a mulher” AND “Gestantes”. Foram incluídos estudos originais em português e inglês, com textos completos disponíveis gratuitamente. Resultados e discussão: Estudos relatam que, o autismo, é um transtorno do neurodesenvolvimento. Segundo a CID 10 e atual CID 11, o transtorno do espectro autista- TEA, traz prejuízos na comunicação, no socioemocional, e no comportamento, trazendo estereótipos de maneira repetitiva e restrição à atividades. Desencadeiam anormalidades estruturais cerebrais, comorbidades aumentadas, como epilepsia e transtorno de déficit de atenção – TDAH, ansiedade e depressão. Devido ao exposto, surge a preocupação da saúde no que diz respeito ao cuidar bem, papel este, da área da enfermagem para com as pacientes vítimas do abuso sexual, sendo elas, pacientes vulneráveis e alvos fáceis dos abusadores, com necessidade de acolhimento, cuidados e atenção redobrados. Sabe-se que, o período gestacional das mulheres com TEA é repleto de desafios, devido ao processamento sensorial e às adaptações hormonais. Faz-se necessário um atendimento pré-natal individualizado, ponderando prós e contras para a continuação da medicação psicotrópica, com maior compreensão das dificuldades relacionadas ao autismo, principalmente quanto à comunicação e interação com os profissionais de saúde. Considerações finais: De acordo com estudos sobre o TEA juntamente com o abuso sexual à gestantes, conclui-se que, os problemas psicológicos e traumas secundários afetam a gestação podendo desencadear parto prematuro com alto índice de mortalidade materna e neonatal. Outrossim o acompanhamento deve ser feito também com ajuda de psicólogo e psiquiatra. E o cuidado de enfermagem é essencial para apoiar e aconselhar às gestantes no que deve ser feito após o ocorrido. Dada a complexidade do tema tornam-se prementes maiores estudos a respeito.