PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS ASSOCIADOS À SEPSE NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores

  • Franciele da Conceição UniRios - Centro Universitário do Rio São Francisco
  • Melissa Soares de Souza
  • Janaina da Conceição Siqueira
  • Milena Roberta Freire da Silva
  • Karolayne Silva Souza

Palavras-chave:

Sepse, Alterações hematológicas, Ambiente hospitalar

Resumo

Bactérias, fungos, vírus ou protozoários podem ser agentes causadores de sepse no indivíduo, esta, caracteriza-se como uma resposta inflamatória sistêmica a uma doença infecciosa. Ao avaliar os exames laboratoriais de um paciente com suspeita de sepse podem ser notadas alterações em parâmetros hematológicos, tais mudanças são comuns e não devem ser negligenciadas, constituindo um problema de saúde pública grave em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Abordar de forma concisa sobre os parâmetros hematológicos associados à sepse no ambiente hospitalar. Trata-se de uma revisão narrativa baseada na análise de publicações dos últimos 5 anos. Como bases de dados foram utilizadas as plataformas SciElo, Pubmed, BVS e Google Acadêmico, sob os descritores: “Sepse”, “Hemograma’’ e “Ambiente Hospitalar”, nas línguas portuguesa e inglesa. O que determina a gravidade da sepse não é o patógeno e sim o grau de resposta do hospedeiro, por isso grande parte dos pacientes com quadro de sepse aguda tem uma boa resposta ao tratamento inicial, mas por causa de complicações como fatores de risco, comorbidades, tempo de internação e procedimentos invasivos, ocorre o agravamento do quadro, chegando ao choque séptico. É comum se deparar com o quadro de leucocitose seguido de neutrofilia em pacientes com sepse, posto que vários mecanismos contribuem para a neutrofilia, como o aumento da liberação pela medula óssea e aumento da produção de neutrófilos. A ativação de reservas da medula óssea pode resultar na maior liberação de formas imaturas, ocasionando desvio à esquerda, podendo apresentar mieloblastos e metamielócitos. É possível observar alterações na série vermelha, em virtude de algumas bactérias utilizarem como meio de crescimento o ferro da hemoglobina, podendo causar anemias. Há uma redução na morfologia dos eritrócitos na sepse, podendo apresentar hemácias com Hipocromia, Anisocitose acentuada com Microcitose e presença de Esquizócitos, essa deformação é fundamental para a estabilidade da perfusão da microcirculação, quando há redução na deformabilidade das hemácias, o tempo é reduzido fazendo com que haja um aumento da pressão nos capilares, podendo ocorrer bloqueio dos mesmos. De maneira inicial, a resposta da fase aguda normalmente resulta na elevação da contagem de plaquetas (trombocitose com presença de agregados plaquetários), já na sepse grave comumente encontra-se trombocitopenia, pacientes das UTIs apresentam um quadro de trombocitopenia grave, quanto menor o número de plaquetas maiores as chances de óbito do paciente.

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Publicado

09.09.2024