TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE: um distúrbio real ou uma derivação da esquizofrenia?
Palavras-chave:
SaúdeResumo
Os transtornos e distúrbios psíquicos por muito tempo foram ignorados pela falta de conhecimento e não compreensão do funcionamento individual em seus meios e particularidades, fazendo com que os transtornos sejam diagnosticados dando ênfase apenas no mais conhecido. Em analogia a isso, se põe em questão as diferenças no diagnóstico da Esquizofrenia e no Transtorno Dissociativos de Identidade (TDI), mostrando que existem formas de diferenciar, diagnosticar e mostrar que o TDI é um transtorno que se difere da Esquizofrenia e não somente uma vertente da mesma.: Investigar, entender e dismistificar o transtorno dissociativo de identidade e a esquizofrenia. A partir disso foram selecionados estudos originais em português e inglês, disponíveis na íntegra gratuitamente, e publicados nos últimos dez anos. O TDI também conhecido como “transtorno de múltiplas personalidades” é uma classificação que se tornou pouco discutida devido a prevalência de transtornos como a esquizofrenia em constante discussão. A dissociação se trata de um fenômeno multifacetado que inclui uma perda temporária ou duradoura de fugas dissociativas, incluindo estados de transe e amnésia (sintoma atípico na esquizofrenia). Esse transtorno permite que o portador possua de duas a mais identidades com características, modos, jeitos, gostos e além de tudo, condições especiais como uma personalidade obter intolerância à lactose, a outra possuir fobia a algum determinado local, mas não obter a intolerância, podendo até existir uma personalidade que tenha alguma vertente criminosa. A transe entre uma identidade e outra é denominada de switching, ação que ocorre em resposta a estímulos, lembranças ou eventos estressantes, esta pode acontecer em segundos e podendo ser até imperceptível. Nesse processo, ao trocar de personalidade, o indivíduo tem um processo de amnésia, fazendo com que esse não se lembre de ter agido, pensado, ou se quer que estava presente em determinado cenário. Algo muito constante que leva correlacionar a Equizofrenia por existir em comum o fator etiológico no diagnóstico é a presença de traumas durante a primeira infância, os principais e mais prevalente são os abusos, violências sexuais, rejeição, abandono e diversos outros traumas que podem ter mexido com o psicológico da criança. Porém, no TDI não existe uma cura certa e nem remédios eficientes, mas existe tratamento através da psicoterapia, hipnoterapia e terapias farmacológicas, como a arteterapia. Diferente da esquizofrenia, que tem tratamento medicamentoso para o seu controle. Portanto, baseado nas evidencias encontradas, o TDI inclui características únicas, como alterações de voz, amnésias e personalidades próprias. Entretanto, os pacientes podem apresentar alucinações visuais e escutas de vozes como os esquizofrênicos, porém, não necessariamente possuem o diagnóstico de esquizofrenia, pois possuem diversos outros fatores em questão. Conclui-se, portanto, que o TDI não é apenas uma derivação da esquizofrenia e sim um transtorno com suas características próprias.