AS DIFICULDADES DA APLICABILIDADE DA FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores

  • Manoel Izaias da Silva Neto UNIRIOS
  • Ane Yasmin de Souza Varjão UNIRIOS
  • Otavio Freire UNIRIOS
  • Camilly Vitória da Rocha Silva UNIRIOS
  • Maristela R. R. M. Mazzotti Centro Universitário do Rio São Francisco - UNIRIOS

Palavras-chave:

Fitoterapia, Atenção básica, Usuários e profissionais.

Resumo

A Fitoterapia é um campo da Ciência que utiliza plantas medicinais em diversas formas, sem a utilização de ativos isolados. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, implementada em 2006, visa garantir o acesso seguro e o uso racional de fitoterápicos e plantas medicinais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, apesar das iniciativas em Fitoterapia, a sua aplicação nas unidades de saúde ainda é limitada, predominando seu uso popular transmitido entre famílias e amigos. Isso pode ser atribuído, em parte, ao conhecimento limitado dos profissionais de saúde na Atenção Básica, o que pode resultar em concepções equivocadas e subutilização dessa prática essencial.

Este estudo tem como objetivo analisar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde da Atenção Básica em relação ao uso da Fitoterapia. Para alcançar esse objetivo, realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa, analisando fontes escritas e eletrônicas que abordam o conhecimento e a prática da Fitoterapia por profissionais de saúde na Atenção Básica.

Os resultados indicam que a Fitoterapia é uma prática valorizada por profissionais de saúde, com a maioria dos entrevistados escolhendo plantas medicinais como terapia principal. No entanto, ressalta-se a necessidade de capacitação para garantir uma utilização eficaz. Dificuldades relacionadas ao conhecimento insuficiente sobre Fitoterapia foram destacadas, assim como a necessidade de atualizações para prescrições e acompanhamento terapêutico adequado dos usuários.

Foi identificado um déficit na grade curricular em relação às práticas complementares, com poucas disciplinas obrigatórias e optativas sobre plantas medicinais e Fitoterapia em cursos de saúde nas universidades brasileiras. A falta de orientação aos pacientes também foi evidenciada em diversos estudos, enfatizando a necessidade de inserção da Fitoterapia na formação acadêmica.

Em conclusão, a Fitoterapia oferece benefícios significativos para a saúde, mas a falta de conhecimento entre os profissionais de saúde limita sua utilização adequada. É crucial investir na capacitação desses profissionais, incluindo a incorporação da Fitoterapia na grade curricular de cursos de saúde, como Medicina, Enfermagem, Nutrição e Odontologia, para promover o interesse e o conhecimento sólido nessa prática importante.

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Publicado

09.09.2024