O SUICÍDIO NA VISÃO DO SÉCULO XIX E NA CONTEMPORANEIDADE - DESAFIOS AOS PARADIGMAS MÉDICO E PSICOLÓGICO

Autores

  • Alexandre H. Reis
  • Jalane Moura Maia Bezerra
  • Polyana Michaela Santana Reis

Palavras-chave:

Suicídio, Século XIX, Contemporaneidade

Resumo

O suicídio é um assunto que exige certa sensibilidade e certo rigor em sua abordagem, uma vez que, embora seja uma das maiores causas de mortes no mundo, atualmente, continua sendo um tabu social. Nos últimos anos, devido ao fato de ter atingido valores alarmantes, passou a constituir-se como um problema de saúde pública. Devido a isso, pesquisas acerca desse tema passaram a atingir um maior destaque ultimamente. O presente artigo possui o objetivo principal de promover uma análise acerca da concepção do suicídio, fazendo um recorte no século XIX e dias atuais, considerando a forma como a morte autoinfligida foi entendida e tratada, analisando fragmentos históricos do livro do sociólogo francês, Emile Durkheim, “Le Suicide” e estatísticas produzidas pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde. Como resultado, percebeu-se que apesar do crescimento das taxas de tentativas e óbitos por suicídio, o problema pode ser prevenido e tratado adequadamente através de políticas públicas eficazes e capacitação adequada dos profissionais da saúde. Notoriamente, a literatura tem apontado para uma primazia de doenças mentais como causas do suicídio, como ocorria há duzentos anos. Sem que haja dados seguros que permitam tal generalização, concluímos que a desinformação ligada à existência do tabu e preconceito a respeito do tema são barreiras que precisam ser superadas para ampliar a discussão, bem como um determinado determinismo psiquiátrico que ainda é mantido na contemporaneidade, e que pode ser verificado explicitamente nas publicações dos psiquiatras do início do século XIX.

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Publicado

01.06.2020