O RISCO DO USO IRRACIONAL DO PARACETAMOL NA POPULAÇÃO BRASILEIRA E SEUS EFEITOS NA HEMOSTASIA

Autores

  • Nara Ferreira Brayner
  • Aracely Andrade da Silva
  • Felipe Rodrigues de Almeida

Palavras-chave:

Paracetamol, Hepatotoxicidade, Hemostasia, Automedicação, Acetaminofeno

Resumo

O objetivo desta revisão foi pesquisar os danos hepáticos do paracetamol quando em sobredoses caracterizando esse efeito nos distúrbios da hemostasia. Esta revisão da literatura foi realizada a partir das bases de dados: Medline, Bireme e SciELO, considerando-se artigos publicados, no período de 2000 a 2016 nos idiomas português, inglês e espanhol, além de livros técnicos, manuais e legislação sobre o assunto. A dose terapêutica convencional varia de 325 a 1000mg em adultos a cada 4-6 horas, não ultrapassando 4000mg/dia. As sobredoses do paracetamol causam lesões no fígado. Ele é metabolizado por três vias: glicuronização, sulfatação e oxidação. A oxidativa produz um metabólito tóxico N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI) que uni-se a glutationa (GSH) sendo convertida a produto não tóxico, mas em sobredoses a GSH se esgota e o acúmulo de NAPQI causa lesão hepática. O antídoto é o N-acetil-cisteína (NAC) repondo as reservas de GSH neutralizando o NAPQI. Esse cenário de lesão afeta o sistema hemostático por ser sintetizado no fígado. O teste do tempo de protrombina (TP) mede os fatores da via extrínseca e comum, tem seu valor alongado em casos de lesão hepática, os da Relação Normatizada Internacional (INR) também se eleva. Contudo a automedição é uma realidade no Brasil, o que direciona também ao fato do uso indiscriminado dos medicamento, inclusive o paracetamol, a orientação do profissional da saúde pode amenizar essa situação.

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Publicado

01.05.2018