ABORDAGEM CLÍNICO-LABORATORIAL DA ANEMIA APLÁSTICA ADQUIRIDA

Autores

  • Milena Roberta Freire da Silva
  • Flávia Steffany Leite Miranda
  • Karolayne Silva Souza
  • Vanessa Simões Sandes Walois

Palavras-chave:

Aplasia Medular, Transplante de Medula Óssea, Anemia Aplástica, Pancitopenia

Resumo

A anemia aplástica adquirida é também conhecida como aplasia medular, é uma doença hematológica rara de elevada letalidade e é caracterizada por diminuição de elementos celulares do sangue periférico. A sua etiologia é atribuída a causas secundárias, como a exposição a agentes tóxicos, drogas, radiação, vírus e doenças imunológicas. Esta patologia pode manifestar-se de diferentes formas e intensidade, desde a falência medular fulminante até a apresentação indolente mantida sob observação clínica e suporte transfusional individualizado. Estima-se que a incidência de anemia aplástica adquirida seja de 2-4 pessoas por 1.000.000 habitantes ao ano no Brasil, com dois picos de incidência: o primeiro entre indivíduos de 10-25 anos e o segundo nos maiores de 60 anos, sem diferença entre os sexos, observa-se também que esta é mais comum no Oriente do que no Ocidente. Suas manifestações clínicas em geral são típicas da consequência da queda dos valores hematimétricos, tais como palidez, tonturas, fraqueza, suscetibilidade a infecções, geralmente bacterianas devido à neutropenia e hemorragias. Diante disto e da complexidade que esta doença apresenta, o presente estudo teve como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa do tipo exploratória. Para tal, foram realizadas buscas em bases nacionais e internacionais, Medline, Scientific Eletronic Library On-line (SCIELO), Scholar Google (Google Acadêmico), Pubmed e Biblioteca virtual de saúde (Bvs), além de livros, teses e dissertações. O diagnóstico desta doença é um tanto quanto difícil de ser realizado, por existir inúmeras causas de diminuição de elementos celulares sanguíneos, desse modo é de vasta importância a análise criteriosa da medula óssea e do sangue periférico, pois síndromes mielodisplásicas assemelham-se muito a anemia aplásica. Estudos revelam que sua origem está relacionada com lesão da célula progenitora hematopoiética, participação imune no desencadeamento e manutenção das citopenias e perturbações do microambiente da medula óssea. Tratamento com imunossupressores e o transplante de medula óssea são os mais empregados, porém sua escolha depende da avaliação criteriosa do clínico, pois o transplante de medula óssea apresenta riscos elevados de levar o paciente à óbito.

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Publicado

01.05.2018