MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA E A COR DA TERNURA: uma discussão acerca da identidade étnico-racial na sociedade globalizada e na literatura ifantil brasileira

Autores

  • Emanuelle Valéria Gomes de Lima
  • Maria do Socorro Pereira de Almeida

Palavras-chave:

Cultura, Literatura Infantil, Identidade

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar a partir de quais elementos as protagonistas das obras Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado, e A cor da ternura, de Geni Guimarães, constroem suas identidades étnico-raciais. Sendo assim, trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem o intuito de analisar, qualitativamente, os perfis das protagonistas nas obras supracitadas. Para tanto, buscamos, no primeiro tópico, estabelecer ligação entre cultura e identidade através das perspectivas teórico-conceituais e em seguida buscamos analisar as obras. Ao longo da pesquisa constatamos que, por meio da escolha do léxico de palavras e das gravuras, como também da descoberta da genealogia, a protagonista em Menina bonita do laço de fita, mesmo que inconsciente, afirma sua identidade negra. Já em A cor da Ternura, a princípio, a personagem nega as suas características naturais para, posteriormente, iniciar o processo de afirmação consciente de sua identidade, através dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida, dispostos na narrativa. Conclui-se assim, que as identidades são formadas culturalmente e produzidas, portanto, pelos diferentes discursos que compõem a percepção que temos de nós mesmos em diferentes momentos de nossas vidas.

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Publicado

01.12.2017