DISTRIBUIÇÃO DA HANSENÍASE NO ESTADO DA BAHIA: Uma abordagem socioambiental da doença

Autores

  • Jaciara Raquel Barbosa de Lima
  • Daniely Oliveira Nunes
  • Artur Gomes Dias

Palavras-chave:

hanseníase, enfermidade, distribuição, ecologia medica

Resumo

A hanseníase apresenta-se como uma endemia de difícil controle nos países tropicais. No Brasil está constitui um problema de saúde pública por apresentar altas taxas de detecção distribuídos em todo o pais. Esse estudo objetivou investigar a incidência de hanseníase no estado da Bahia, no período de 2001 a 2016, analisando os aspectos socioambientais associados à distribuição dessa doença. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram utilizados dados secundários obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) constituído de todos os casos novos de hanseníase notificados no período de 2001 a 2016, no Estado da Bahia. Em todos os 417 municípios existentes no Estado da Bahia foi notificado pelo menos um caso de hanseníase, totalizando 50.553 casos no período de 2001 a 2016. Os 20 munícipios de maior incidência de hanseníase foram Salvador, Juazeiro, Barreiras, Remanso, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Porto Seguro, Paulo Afonso, Itabuna, Camaçari, Itamaraju, Bom Jesus da lapa, Vitória da Conquista, Araci, Itabela, Barra, Belmonte, Itaberaba e Guaratinga. Se faz necessário que os programas de controle e eliminação da Hanseníase levem em consideração as características socioeconômica e culturais da população no planejamento de suas ações, estudos devem ser desenvolvidos na perspectiva de estudar a possibilidade da transmissão da bactéria lepra presente em animais silvestre como os tatus para os seres humanos, assim também como os riscos de contato físico ou ingestão de carne desse animal, com vista a reduzir as taxas de hanseníase no pais.

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Publicado

01.12.2016