INDÚSTRIA 4.0, PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E (IN)SEGURIDADE SOCIAL: reflexões teóricas no contexto da COVID-19

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar os impactos causados pelo cenário pandêmico em relação ao quantitativo de segurados vinculados à previdência social no Brasil. O método utilizado foi o dialético, porque considerou a busca dos nexos constitutivos da realidade a ser pesquisada utilizando-se de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e captando contradições acerca do objeto ao longo do tempo e como isso impacta no processo investigativo e culmina no que se observa na realidade. A pesquisa também tem caráter qualitativo quanto à abordagem, exploratória quanto aos objetivos, bibliográfica e documental quanto aos procedimentos. A seleção dos textos se deu através da extração de descritores do DeCS conectados pelo operador booleano “and” e foram pesquisados nas bases de dados SciELO e Scholar Google. Após a seleção dos textos foi efetuada uma leitura preliminar para identificar aqueles com maior vínculo à temática escolhida. Depois foi realizada uma leitura seletiva com os devidos apontamentos. O cenário de pandemia causado pela COVID-19 tornou mais latente as desigualdades que permeiam o tecido social, principalmente na seara laboral. A precarização do trabalho é multifatorial. Decorre da reestruturação do sistema capitalista, do surgimento da indústria 4.0 e do próprio desemprego estrutural. O resultado da investigação é que o número de pessoas que deixaram de contribuir para a previdência social se elevou pelo terceiro ano seguido em 2020, concluindo que, não apenas o advento da pandemia de COVID-19, como fator isolado, contribui para tal cenário, mas também o aumento exponencial de trabalhadores informais e a falta de políticas públicas informativas à população.