AS COTAS RACIAIS COMO POLÍTICA DE AÇÃO AFIRMATIVA NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

UMA REVISÃO

Resumo

Fruto da pressão dos movimentos sociais e estudantis, como políticas públicas de reparação social, as Ações Afirmativas, modelo já amplamente disseminado nos Estados Unidos e no Brasil, efetivaram-se nas Universidades públicas apenas no início dos anos 2000, na forma do estabelecimento de cotas raciais para o ingresso em concursos e vestibulares. As discurssões acadêmico-científicas que ganharam corpo em torno do tema no Brasil no período que precedeu a aprovação da nova Lei de Cotas foram movidas por discussões em torno não apenas do acesso, mas também da permanência e da fiscalização nas Ações Afirmativas. Com objetivo de se aferir que visão se fez presente naquele momento na produção científica nacional em torno do tema optou-se em realizar uma revisão sistemática de literatura, tendo como auxílio ilustrativo recursos do Software IRaMuTeQ, incorporados a um viés qualitativo da análise de conteúdo. Como resultado, frente as opções metodológicas, em inflexão com a literatura consultada, permitiram a quantificação e interpretação do fenômeno em seu(s) significado(s), em decorrência da natureza do material analisado, apresentando-se com destaque questões latentes do fenômeno estudado, como a heteroidentificação e o racismo.