PROTAGONISMO NEGRO: A resistência por uma educação quilombola no Pajeú pernambucano

Autores

  • Kleber Ferreira Costa
  • Dinani Gomes Amorim
  • Odair França de Carvalho

Palavras-chave:

Comunidades quilombolas do Pajeú, Currículo flexível, Educação quilombola, Organização dos núcleos culturais, Protagonismo negro

Resumo

A defesa da educação quilombola parte de lutas pela territorialidade dos quilombos - entendida como memória, história e sentimento - contra a implantação da nucleação escolar que distancia a escola da comunidade com práticas administrativas do sistema educacional as quais ferem a Resolução nº 8, de 20 de novembro de 2012, apagando a identidade cultural dessas comunidades. Com base nesta afirmação, esse artigo objetiva reconhecer, pelas histórias orais dos entrevistados, os desafios da educação quilombola das comunidades do Pajeú pernambucano. O estudo se utilizou dos fundamentos de Quijano (2000), Santos (2007), Moreira e Candau (2008), Santomé (2013), Rodrigues (2017), entre outros. A pesquisa de campo foi desenvolvida a partir de histórias orais das lideranças das comunidades quilombolas do Sertão do Pajeú pernambucano. Como resultado, fica evidente o quanto a nucleação contribui para o apagamento da cultura dos povos quilombolas do Pajeú. Assim, faz-se necessário que o currículo reflexivo e os Princípios da educação quilombola de Pernambuco passem a ser uma pauta de reivindicação da Comissão Estadual de Comunidades Quilombolas e que a organização dos núcleos culturais seja a forma de protagonizar a resistência dos povos originários dessa região.

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Publicado

01.12.2022